A CAPACITAÇÃO DO PROFESSOR EM INFORMÁTICA
O computador tem provocado uma revolução na educação por causa de sua capacidade de "ensinar". Enquanto muitos especialistas asseguram a importância da informática na educação, alguns professores e agentes da educação mantêm posturas de resistência ou desprezo a essas tecnologias, principalmente quanto ao uso do computador; mantendo assim a aplicação de atividades e concepções pedagógicas que lhes são confortáveis.
1Por que muitos resistem à contribuição da informática a educação?
2Há necessidade de capacitação do professor nesta área?
Procuremos responder primeiramente a primeira pergunta.
Adeptos de uma visão cética, muitos dizem: Se as escolas não tem carteiras, giz nem merenda e o professor ganha uma miséria, como falar em computador?
Ora, se as escolas chegaram a este ponto, não foi por causa de gastos com equipamentos, sejam eles de informática ou não. Não devemos associar os problemas de natureza político-históricas com problemas de natureza técnico-profissional.
Os céticos também argumentam que haveria uma desumanização com o uso da máquina, com a eliminação do contato entre o aluno e o professor. Mais uma vez, encontramos um argumento frágil contra o uso da informática. O aluno de fato somente irá prescindir do contato com o professor se este se restringir a transmitir informações e conhecimentos.
Pesquisadores que investigam o uso de computadores na educação alegam que a informática possui uma ação positiva para o desenvolvimento da capacidade cognitiva e provoca um rompimento da relação vertical entre alunos e professor da sala de aula tradicional, fazendo do aprendizado uma experiência mais cooperativa. As radicais transformações da informática nos anos noventa reforçaram ainda mais a adoção dessa tecnologia nos meios educacionais.
Passemos agora para a segunda pergunta.
A capacitação do profissional nesta área é imprescindível. Não se trata apenas de um cursinho intensivo de computação, onde se aprende basicamente a operar alguns programas, e, em alguns casos, dar manutenção em computadores. Trata-se de uma formação e não de um treinamento. O profissional precisa realizar estudos pedagógicos e técnicos. Não basta apenas saber operar um computador, é necessário associar o seu uso à educação, à própria prática do professor.
De que depende essa capacitação?
Antes de tudo, é necessário uma mudança de pensamento, que resultará numa mudança de postura. Criando um pensamento critico reflexivo a cerca do desenvolvimento tecnológico que estamos vivendo. Com base nessa mudança e nesse processo de reavaliação do conhecimento tecnológico, a reciclagem e a introdução tecnológica do professor se faz eminente e disposta. Porém dentro de uma iniciativa privada, ainda é necessário, do docente, uma disposição financeira e um determinado tempo para poder desenvolver, estudar e até mesmo adquirir equipamentos tecnológicos. Ou seja, tempo e dinheiro. Enfim, existe a necessidade atrelada à oportunidade que encontra-se condicionada à vontade de potência do professor em realmente querer abrir o leque da tecnologia.