sexta-feira, 20 de junho de 2008


A CAPACITAÇÃO DO PROFESSOR EM INFORMÁTICA



O computador tem provocado uma revolução na educação por causa de sua capacidade de "ensinar". Enquanto muitos especialistas asseguram a importância da informática na educação, alguns professores e agentes da educação mantêm posturas de resistência ou desprezo a essas tecnologias, principalmente quanto ao uso do computador; mantendo assim a aplicação de atividades e concepções pedagógicas que lhes são confortáveis.

1Por que muitos resistem à contribuição da informática a educação?
2Há necessidade de capacitação do professor nesta área?


Procuremos responder primeiramente a primeira pergunta.

Adeptos de uma visão cética, muitos dizem: Se as escolas não tem carteiras, giz nem merenda e o professor ganha uma miséria, como falar em computador?

Ora, se as escolas chegaram a este ponto, não foi por causa de gastos com equipamentos, sejam eles de informática ou não. Não devemos associar os problemas de natureza político-históricas com problemas de natureza técnico-profissional.

Os céticos também argumentam que haveria uma desumanização com o uso da máquina, com a eliminação do contato entre o aluno e o professor. Mais uma vez, encontramos um argumento frágil contra o uso da informática. O aluno de fato somente irá prescindir do contato com o professor se este se restringir a transmitir informações e conhecimentos.

Pesquisadores que investigam o uso de computadores na educação alegam que a informática possui uma ação positiva para o desenvolvimento da capacidade cognitiva e provoca um rompimento da relação vertical entre alunos e professor da sala de aula tradicional, fazendo do aprendizado uma experiência mais cooperativa. As radicais transformações da informática nos anos noventa reforçaram ainda mais a adoção dessa tecnologia nos meios educacionais.

Passemos agora para a segunda pergunta.

A capacitação do profissional nesta área é imprescindível. Não se trata apenas de um cursinho intensivo de computação, onde se aprende basicamente a operar alguns programas, e, em alguns casos, dar manutenção em computadores. Trata-se de uma formação e não de um treinamento. O profissional precisa realizar estudos pedagógicos e técnicos. Não basta apenas saber operar um computador, é necessário associar o seu uso à educação, à própria prática do professor.


De que depende essa capacitação?

Antes de tudo, é necessário uma mudança de pensamento, que resultará numa mudança de postura. Criando um pensamento critico reflexivo a cerca do desenvolvimento tecnológico que estamos vivendo. Com base nessa mudança e nesse processo de reavaliação do conhecimento tecnológico, a reciclagem e a introdução tecnológica do professor se faz eminente e disposta. Porém dentro de uma iniciativa privada, ainda é necessário, do docente, uma disposição financeira e um determinado tempo para poder desenvolver, estudar e até mesmo adquirir equipamentos tecnológicos. Ou seja, tempo e dinheiro. Enfim, existe a necessidade atrelada à oportunidade que encontra-se condicionada à vontade de potência do professor em realmente querer abrir o leque da tecnologia.

sexta-feira, 13 de junho de 2008


INFORMATICA NA EDUCAÇÃO NO BRASIL

A utilização da informática na educação brasileira, vem também como influência da educação em outras culturas. Na década de 80, chega o movimento que denominou-se de Filosofia e Linguagem LOGO. Papert (1980), um educador e pesquisador que acredita ser o computador um instrumento que pode catalizar conceitos sofisticados, permitindo ao aluno trabalhar estes conceitos de forma simples e lúdica, desenvolveu uma linguagem de programação para crianças, onde tal trabalho seria facilitado.
Outro movimento forte, dentre tantos que surgiram na Informática Educativa, é o que defende o ensino do instrumento apenas. Para estes, dado que a sociedade precisa de profissionais com formação em uso de computadores, é preciso que a escola se preocupe em ensinar o instrumento (a máquina e o uso dos softwares de mercado, tal como Processadores de Texto, Planilhas Eletrônicas etc).
O aprendizado da máquina ou de softwares específicos deveria ser feito ao mesmo tempo em que trabalha-se processos de raciocínio e os conteúdos no software. Por exemplo: como ensinar alguém a obter um gráfico de barras na planilha eletrônica, se ele não tem idéia do que seja um gráfico de freqüência como é o de barras?
não significa que basta o computador para revolucionar a educação. O mercado de softwares educacionais, está cheio de programas que refletem uma concepção tradicional de aprendizagem, vendendo uma idéia de que podemos revolucionar a educação substituindo o professor por um software. A experiência acima mostra exatamente o contrário. Com a visão do professor e o conhecimento do potencial do software pudemos elaborar uma atividade que propiciasse a aprendizagem através da discussão e simulação com uma planilha eletrônica (que é um software de mercado). Imaginem o que um bom professor pode fazer com um bom software educacional.

sexta-feira, 6 de junho de 2008


O AUDIOVISUAL NA EDUCAÇÃO

Está-se vivendo a hegemonia do audiovisual, da cultura de consumo do entretenimento que, apoiados em audição e visão, despertam emoções, sentimentos.
Os meios audiovisuais deixam de ser apenas uma ferramenta didática, demandando uma interação continuada que permite mais do que olhar imagens, mas interpretá-las visando à criação de novas mensagens e informações.
O audiovisual garante uma sensação de pertencimento àquilo que é assimilado com os sentidos.
A escola, no contexto da sociedade contemporânea não pode mais ser avaliada como um ambiente independente, mas sim um lugar dentro de outros espaços, interagindo-se mutuamente.
Torna-se indispensável a constituição de novas metodologias que permitam a introdução de professores e educandos no mundo do cultivo de mensagens por meio da linguagem audiovisual, método que alguns autores chamam de alfabetização audiovisual.
Os alunos têm que viver a experiência de descobrir por si mesmos o que está acontecendo, o que está sendo mostrado e como está sendo mostrado, e também o que está sendo omitido.
A inclusão digital em trabalhos escolares construído pelos alunos, é um meio utilizado para que conheçam as ferramentas tecnológicas.
Trata-se, pois, de um passo importante para a democratização do acesso ao ensino técnico público visando a proliferação da tecnologia em grandes cidades brasileiras, incentivando os jovens a produzirem e divulgarem seus próprios materiais, que podem ser em mídias portáteis (cd, dvd etc..) ou digitais como em websites ou blogs que também podem ser construídos pelos alunos.